Trocar o financiamento habitacional para outro banco é um processo fácil. Veja quando vale a pena fazer essa migração e economize na compra da sua casa!
Se você está pagando pelo financiamento imobiliário em um determinado banco, porém, encontrou melhores condições em um outro banco, é possível fazer a portabilidade do seu financiamento. Com isso, você consegue ter condições mais acessíveis, dependendo do novo banco que escolher.
Esse procedimento é liberado ao consumidor desde 2006, mas no início era um processo mais burocrático e tinha um custo para realizar a mudança de banco. Porém, algumas alterações fizeram com que a portabilidade se tornasse mais fácil e, além disso, também não é permitida nenhuma cobrança para tal.
Confira quais são as regras da portabilidade do financiamento imobiliário!
As regras da portabilidade de financiamento
A cobrança para fazer a portabilidade de financiamento imobiliário é proibida, por isso, desconfie se tentarem te cobrar alguma taxa por esse serviço. Além disso, o processo é feito diretamente entre os bancos e fiscalizado pelo Banco Central, que trocam as informações do financiamento imobiliário do cliente. Desta forma, a portabilidade é mais rápida.
Outra regra importante esclarece que você não pode pedir um prazo maior no financiamento quando fizer a portabilidade. “O tempo da dívida não muda justamente para o consumidor não ficar adiando o pagamento eternamente”, explica a supervisora financeira do IDEC, Renata Reis.
5 regras da portabilidade de financiamento que você precisa lembrar
1. A portabilidade só pode ser feita para financiamentos de imóveis prontos. Se o projeto de construção estiver na planta, não será possível fazer a portabilidade;
2. Dá para renegociar o valor total da dívida e a taxa de juros;
3. O banco atual tem até dois dias para disponibilizar as informações para o banco de sua escolha;
4. Além disso, ele pode fazer uma contraproposta, mas dentro do prazo de cinco dias. Por isso estude bem a oferta que foi oferecida pelo banco atual e veja se não valerá mais a pena ficar nele e quitar o restante do pagamento com a nova proposta;
5. Não há um valor mínimo para portabilidade.
Quando a portabilidade de financiamento é vantajosa?
Só valerá a pena trocar o financiamento para outro banco se você gastar menos no final. Ou seja, se os novos juros cobrados forem menores do que as taxas que você paga atualmente. A Konkero comparou as taxas de juros de financiamento habitacional nos seis maiores bancos do país, e você encontra essas informações clicando aqui.
Mas para garantir que o valor da dívida cairá, você também precisa comparar o CET (Custo Efetivo Total) do banco atual. O CET mostra o valor dos juros e de todas as outras taxas cobradas pelo financiamento. Então, mesmo que os juros do novo banco sejam menores, a troca só compensará se a CET também for. Por isso, não deixe de consultar essa informação antes de pedir a portabilidade da dívida.
Saiba como fazer a portabilidade de financiamento
Se você já confirmou que a troca vale a pena, então só falta pedir a portabilidade do financiamento para eles. Com isso, o banco atual receberá um aviso de que você quer fazer a migração. Então, ele terá até dois dias para enviar à nova instituição as informações do seu empréstimo. Se o banco atual não fizer uma contraproposta, a portabilidade acontecerá automaticamente.
4 situações em que a portabilidade de financiamento pode dar errado
Infelizmente, o novo banco tem o direito de não querer o seu financiamento. Mas, segundo a especialista do Idea, não é qualquer justificativa que vale. O banco só pode recusar a migração se:
1. Existe atraso no pagamento das parcelas;
2. O seu nome está negativado;
3. A sua renda é menor do que o valor das parcelas;
4. O contrato é de um financiamento de imóvel na fase de construção.
Fique atento!
A portabilidade não tem custo, então tome muito cuidado com as vendas casadas, ou seja, quando o banco exige a compra de um cartão ou de outro produto para aceitar a portabilidade. Nenhum serviço desse processo de portabilidade pode ser imposto nem ter custo, mas a única exceção está na tarifa de cadastro, que costuma ser cobrada quando você escolhe se tornar cliente de algum banco.