O Pix é uma transferência bancária como a TED e o DOC, mas ele é efetuado de forma instantânea pelo correntista. Saiba mais!
O Banco Central desenvolveu um sistema para fazer pagamentos e transferências em poucos segundos. O Pix é um serviço de transações instantâneas disponível para correntistas e empresas receberem dinheiro a qualquer dia e horário. Embora os bancos já ofereçam as transferências bancárias, com o novo sistema, o recebimento de recursos acontecerá em segundos e de forma simplificada. Entenda mais sobre o Pix e saiba a diferença dele em relação à TED e o DOC.
- Quais as diferenças entre o Pix, TED e DOC?
- O Pix substituirá a TED e o DOC?
- Como fazer transferências e pagamentos instantâneos (Pix)
- Quando o Pix ficará disponível para correntistas?
Quais as diferenças entre o Pix, TED e DOC?
Tempo de depósito dos valores
A principal diferença entre as transferências já disponibilizadas pelos bancos e o pagamento instantâneo está no tempo de depósito do dinheiro. Enquanto a TED leva alguns minutos para ser feita e o DOC disponibiliza a quantia apenas no dia seguinte, o Pix é feito em poucos segundos, por meio da leitura de QR Code, chave de acesso ou pelos dados bancários do recebedor.
Serviço disponível 24 horas por dia
O Pix funcionará nos sete dias da semana, independentemente de ser sábado, domingo ou feriado. Dessa forma, os clientes e empresas não dependerão do horário bancário nos dias úteis para fazer movimentações. Essa diferença do PIX em relação à TED e o DOC é uma facilidade para quem trabalha aos finais de semana, já que os valores serão recebidos em pouco tempo e ajudarão no fluxo de caixa.
A TED (Transferência Eletrônica Disponível) é feita dentro de alguns minutos pelos canais disponíveis no banco e não possui limite de valores, mas, quando feita após as 17h00, o dinheiro só cai na conta de destino na manhã do próximo dia útil. Por outro lado, o DOC (Documento de Ordem de Crédito) realiza o depósito do dinheiro somente no dia útil seguinte. Além disso, o valor máximo dessa transferência é de R$ 4.999,99.
Valores ilimitados
Nos pagamentos e transferências instantâneos feitos pelo Pix, não há limite de quantias. Isso já acontece com a TED, entretanto, o Pix facilita o recebimento imediato de qualquer valor, tanto por pessoa física como pessoa jurídica. Por isso, lojas e estabelecimentos também receberão lucros de vendas em diferentes dias do expediente, sejam eles menores ou mais caros.
Custos menores sobre a transação
Outra diferença entre o Pix, o DOC e a TED está na cobrança pelo serviço. Enquanto existem tarifas para transferir valores quando realizados fora do pacote de serviços contratado, o Pix será um serviço gratuito. O Banco Central propôs a cobrança de R$ 0,01 a cada 10 transferências realizadas, mas alguns bancos e fintechs optaram por não cobrar a tarifa dos clientes como pessoa física.
Boa parte dos bancos digitais já não não cobravam a tarifa por transferências feitas pelos clientes via aplicativo (TED e DOC). Com o Pix, a isenção da taxa permanecerá para os pagamentos e transferências.
Empresas, profissionais autônomos e empreendedores com conta corrente PJ deverão entrar em contato com os bancos e saber mais informações sobre possíveis cobranças de taxas e tarifas pela utilização do serviço no dia a dia para receber pagamentos.
Transferências para diferentes finalidades
O Pix é um sistema compatível com transferências, mas também para pagamentos, tanto presenciais como eletrônicos (em lojas virtuais). A aprovação do pagamento por boleto bancário, por exemplo, demora cerca de 2 dias. Em contrapartida, o Pix paga valores à vista em poucos segundos, diminuindo o tempo de aprovação das compras online.
O Pix substituirá a TED e o DOC?
Não. Os três tipos de transferências ficarão disponíveis para clientes e empresas efetuarem movimentações via aplicativo, internet banking, caixas eletrônicos e nos guichês das agências. No entanto, o Pix tem uma proposta mais atrativa que os outros serviços de depósitos bancários, já que possui um preço menor e disponibiliza o dinheiro em apenas alguns segundos.
A TED e o DOC que conhecemos segue normalmente nas instituições financeiras, mas é possível que o Pix se torne um sistema padrão de transferências eletrônicas no futuro. Como o uso da ferramenta no mercado está no início, os bancos terão que analisar o seu funcionamento no dia a dia, levando em conta possíveis correções no meio de pagamento e o volume de aderência dos correntistas ao Pix.
Como fazer transferências e pagamentos instantâneos (Pix)
O Pix é um pagamento eletrônico feito em poucos segundos pelo aplicativo do banco ou internet banking. Ele também é usado para transferências bancárias, onde os valores são depositados na conta de destino instantaneamente.
Para utilizar o sistema instantâneo de pagamentos, o correntista terá que cadastrar uma chave de acesso no aplicativo do seu banco ou pelo internet banking. Ela será uma espécie de senha para autorizar as transações, além de dispensar o preenchimento de todos os dados bancários, como banco, agência, conta, nome do recebedor e CPF.
A chave de acesso é a inscrição do CPF ou CNPJ, o número do telefone celular, endereço de e-mail ou uma chave emitida aleatoriamente. É possível registrar até 5 chaves como pessoa física e 20 chaves sendo pessoa jurídica.
O Pix também é feito via QR Code. No aplicativo ou site do banco, o código é gerado e, quando lido por outro smartphone, faz o pagamento em poucos segundos. São dois tipos: o QR Code Estático – utilizado em múltiplas transações, com valores fixos ou diferentes; e o QR Code Dinâmico – código usado para cada transação, gerado por quem efetuará o pagamento ou irá recebê-lo, além de carregar informações a respeito da transferência.
Além do uso da chave de acesso e do QR Code, os bancos devem permitir que o correntista faça um Pix informando a agência, conta e CPF do recebedor, da mesma forma que ocorre em transferências por meio de DOC e TED.
Quando o Pix ficará disponível para correntistas?
O novo sistema de transferências e pagamentos instantâneos estará disponível nos aplicativos dos bancos e online (internet banking) a partir de novembro de 2020. Entretanto, os clientes já podem fazer um pré-cadastro para escolher chaves de acesso e utilizar o serviço em alguns bancos.