O que saber sobre a transferência de financiamento

O que saber sobre a transferência de financiamento

Vender um carro ou um imóvel que ainda estão em financiamento é uma prática permitida pelos bancos, mas existem algumas regras para essa transferência não prejudicar ninguém. Confira!

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Ao financiar um carro ou um imóvel, você se compromete a pagar por eles durante um bom tempo – o que pode durar dois, três ou quatro anos no caso de veículos, e até 35 anos para os imóveis. Com um prazo tão longo, talvez você decida vender o bem antes do financiamento terminar e, portanto, terá que transferir a dívida para outro comprador.

Se você encontrar um comprador de confiança, ótimo! Mas só isso não basta: é importante tomar alguns cuidados para proteger o seu dinheiro. Então, o que você verá a seguir vai ajudá-lo a evitar problemas nas vendas, além de orientá-la sobre as principais regras da transferência do financiamento! Vamos lá?

2 ciladas que você deve evitar na transferência de financiamento

1. Manter o financiamento no seu nome

Quando você faz a venda diretamente para o comprador, continua com o financiamento em seu nome. Apesar de ser muito comum, esse tipo de negociação é irregular e pode trazer problemas tanto para quem vende o bem, quanto para quem compra. Quem vendeu o imóvel ou a casa pode ser prejudicado se o novo dono deixar de pagar taxas ou impostos (o que viraria uma dívida ativa) ou ficar com o nome negativado caso o comprador atrase as parcelas da dívida.

Para escapar destes riscos, prefira fechar a venda transferindo a documentação e a posse do bem para o novo comprador. Outro caminho é encontrar um comprador que faça o pagamento à vista – que é mais comum na venda de veículos por causa do valor. Dessa forma, você não terá mais nenhuma relação com o financiamento nem poderá ter o nome negativado injustamente.

2. Entregar o bem antes de acertar o pagamento

Outro problema que pode acontecer é o banco não permitir a transferência do financiamento para o comprador, normalmente após uma análise de crédito que costuma ser feita. Por isso, antes de entregar o carro ou o imóvel, certifique-se que houve uma aprovação oficial do banco e que a dívida será transferida sem nenhum problema! Confira outros cuidados importantes na hora de passar o carro para o nome do comprador.

As regras da transferência de dívida

Ela só pode ser feita entre pessoas físicas ou entre pessoas jurídicas, por exemplo, e é necessário ter uma quantidade mínima de parcelas quitadas para pedir a transferência – esse número varia conforme o banco. Além disso, se existem parcelas atrasadas, o novo titular deve quitá-las para poder assumir a dívida.

Se você estiver dentro de todas essas condições, vá ao banco e avise que gostaria de transferir a dívida. O novo dono passará por uma análise de crédito em que o banco vai verificar se ele tem condições de assumir o pagamento do financiamento.

Para que a análise de crédito seja feita, quem vai fazer a compra precisa apresentar RG, CPF, um comprovante de renda atualizado, comprovante de endereço, holerites, declaração de Imposto de Renda e extrato de movimentação bancária dos últimos três meses. No caso do financiamento de veículos, também são solicitados o Certificado de Registro do Veículo (CRV) e a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Quer saber mais? Confira como vender um carro que ainda está financiado.

As taxas cobradas na transferência de financiamento

Para o antigo dono

Multas sofridas com o veículo enquanto ele estava com você devem ser quitadas, assim como o IPVA atrasado, que precisa ser regularizado. No caso dos imóveis, o IPTU só será cobrado do novo morador a partir da assinatura do contrato de transferência, então, certifique-se de regularizar o pagamento dele antes de entregar o imóvel.

Para o novo dono

Nesse caso, quem compra um veículo já financiado deve pagar uma taxa de transferência da dívida, que varia de R$ 400 a R$ 600, dependendo do banco. Também é necessário ir até o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) pagar uma taxa de transferência do veículo. Os valores mudam conforme o Estado.

Quem for comprar um imóvel já financiado terá que pagar o Imposto sobre Transmissão de Bens e Imóveis (ITBI), o registro no cartório e a taxa de transferência cobrada pela instituição financeira, que varia dependendo do banco.

Nem sempre você pode vender um bem que está financiado

Isso acontece quando o seu contrato de financiamento é feito no modelo de alienação fiduciária. Então, você não consegue transferir a dívida até quitar tudo que deve. Isso porque, nesse financiamento, o banco entende que o bem está com você, mas será seu apenas quando o pagamento terminar. Apesar disso, ainda é possível transferir a dívida para outro banco se você encontrar uma proposta melhor. Saiba mais sobre as novas regras na portabilidade de financiamento.

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